O decreto de emergência, iniciado em janeiro, permitiu ações mais rápidas e eficientes no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue
Depois de enfrentar uma severa epidemia, que primeiro colocou o estado de Minas Gerais como líder em número de casos no país, a notícia aliviadora veio: o fim da situação de emergência em saúde pública causada por dengue foi oficialmente declarado. O estado, que carregava o peso de liderar as estatísticas de casos prováveis, agora respira mais aliviado após cinco meses de intensa luta contra essa arbovirose.
Segundo reportagem de Agência Brasil, no auge da crise, Minas Gerais representava quase um terço dos casos de dengue em todo o Brasil. Desde janeiro, foram registrados impressionantes 1.655.210 casos prováveis, mantendo o estado no topo do ranking nacional. A alta incidência alcançou 8.059 casos para cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Distrito Federal.
Como Minas Gerais controlou a crise de dengue?
O decreto de emergência, iniciado em janeiro, permitiu ações mais rápidas e eficientes no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. A criação do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Minas Arboviroses) promoveu uma coordenação essencial entre as ações do Sistema Único de Saúde (SUS), fundamentais para a análise e decisão estratégica frente ao surto.
Qual o impacto do fim da emergência de saúde pública?
Com a notificação de 753 óbitos confirmados devido à dengue e outras 735 mortes ainda sob investigação, a letalidade da doença foi um dado preocupante durante o surto. A maior parte dos casos ocorreu entre mulheres e a faixa etária predominante foi de 20 a 29 anos. Apesar do término da situação de emergência, as autoridades de saúde continuam vigilantes e em alerta para prevenir futuros surtos.
Prevenção e cuidados continuam sendo essenciais
Apesar da melhora significativa, a luta contra a dengue está longe de terminar. A prevenção continua sendo a ferramenta mais eficaz contra a doença. Evitar água parada, manter os quintais limpos e usar repelente são algumas das medidas que continuam recomendadas para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses.
Esta nova fase requer o compromisso contínuo da população e das autoridades para manter o estado livre de grandes surtos de dengue e proteger a saúde de todos. A vigilância é a chave para que Minas Gerais não apenas mantenha esse controle, mas também avance na erradicação da doença.